Compulsão Alimentar (ou Binge Eating Disorder – BED) é um tipo de distúrbio alimentar que já é reconhecido no Reino Unido como um diagnóstico oficial. Afeta quase 2% das pessoas em todo o mundo e está associado a problemas adicionais de saúde física (como colesterol e diabetes) e saúde emocional (como falta de autoestima e depressão).
Existem duas razões principais pelas quais a compulsão (quer isolada, quer crónica) pode acontecer. Fique a entender quais são e como uma alimentação intuitiva vai ajudar a ultrapassá-las.
Compulsão e binge: as duas razões
Razão biológica
Uma das razões principais é a extrema restrição e rigidez perante a comida. O corpo começa a mandar sinais muito fortes para comer, porque a privação de energia e nutrição é imensa.
Comer é uma necessidade natural, tal como respirar. Se suprimirmos a respiração durante muito tempo, ou se respirássemos aos pouquinhos, quando realmente nos permitíssemos recuperar o fôlego, íamos encher os pulmões de forma automática. Chega uma altura em que vamos precisar de respirar. O mesmo acontece com a nossa alimentação. Mais cedo ou mais tarde (há quem viva assim dias, há quem viva anos) vamos precisar de acabar com os enormes impulsos que iremos sentir para comer.
Na realidade, este mecanismo é algo fenomenal, porque é um instinto de sobrevivência. Sem respirar, sem dormir, sem ir à casa de banho ou sem comer, morreríamos. Daí o corpo ter mecanismos para nos despertar a vontade para satisfazer essas necessidades. Se respirar ou ir à casa de banho são processos intuitivos, comer também o deveria ser.
Razão emocional
A outra razão pela qual se pode perder o controlo na alimentação é porque se está a evitar, a adormecer, a adiar determinado sentimento ou a lidar com determinada situação. Recorrer à comida de forma exagerada para nos fazer esquecer ou ajudar a relaxar de um dia caótico é considerado “comer pelas emoções” (emocional eating).
Se este for o caso, primeiro, não pode haver julgamento pessoal. Comer é a maneira que algumas pessoas encontraram para lidar (e sobreviver) a determinadas situações ao longo da vida. Todos temos mecanismos para lidar com situações difíceis e esse mecanismo pode ser comer. Além de ser um mecanismo nocivo, é difícil de superar, mas é possível e urgente fazê-lo.
Para tratar a compulsão alimentar é necessário trabalharem-se vários campos: físico, emocional e social. É necessário a reconexão com o corpo, compreender a diferença entre a fome biológica e a emocional e comer de forma natural e intuitiva.
Joanne Amaral
Coach de Saúde e Alimentação Intuitiva e Personal Trainer para mulheres. Pode acompanhar o trabalho de Joanne em
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