A 14 de fevereiro assinala-se o Dia Nacional do Doente Coronário, patologia que afeta as artérias coronárias responsáveis pelo fornecimento de oxigénio e nutrientes às células musculares do coração. A principal causa desta doença é a aterosclerose, que se caracteriza pela deposição de substâncias gordas (como o colesterol) e outros elementos transportados pela corrente sanguínea nas paredes internas das artérias.
O estreitamento progressivo do seu calibre dificulta a circulação sanguínea podendo desencadear um défice transitório na irrigação do coração (angina de peito) ou uma obstrução total da artéria com a consequente morte das células musculares cardíacas da região afetada (enfarte do miocárdio).
São vários os fatores de risco que contribuem para a formação de placas de aterosclerose, entre eles o excesso de peso, tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial, hipercolesterolemia e Diabetes Mellitus. Sabendo que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em Portugal e no mundo, é fundamental adotar um estilo de vida mais saudável e protetor da saúde.
Do ponto de vista alimentar, pequenas mudanças podem ajudar a proteger o seu coração, tais como:
– Limitar o consumo de sal a cinco gramas por dia, quantidade equivalente a uma colher de chá. A grande maioria do sal consumido encontra-se escondida nos alimentos que compramos, motivo pelo qual a leitura e comparação de diferentes rótulos se reveste de grande importância na realização de escolhas mais conscientes. Também pelo mesmo motivo é importante reduzir ao máximo a adição de sal na confeção das refeições, substituindo-o por especiarias e ervas aromáticas.
– Aumentar a ingestão de hortofrutícolas – são ricos em micronutrientes e substâncias com propriedades antioxidantes (como a vitamina C, E, selénio e carotenoides), os quais desempenham um papel de relevo na promoção da saúde cardiovascular. São ainda uma fonte importante de fibra, a qual pode contribuir para uma melhoria do perfil lipídico na medida em que promove uma diminuição da absorção intestinal de colesterol. A OMS recomenda a ingestão mínima de 400 gramas de hortofrutícolas diariamente, valor que pode ser alcançado através do consumo de duas sopas de hortícolas, a inclusão de vegetais no prato principal e a ingestão de três peças de fruta.
– Privilegiar o consumo de fontes de gordura insaturada (azeite, pescado e frutos oleaginosos) em detrimento de fontes de gordura saturada (carnes, queijos e leite gordos, banha, manteiga, natas, produtos de charcutaria e confeitaria), cujo consumo está associado ao aumento do colesterol LDL, vulgarmente conhecido como “mau colesterol”. Pelo contrário, a gordura monoinsaturada está associada à sua diminuição, enquanto que os ácidos gordos ómega-3 (de natureza polinsaturada) se associam ao aumento do colesterol HDL (“bom colesterol”).
Siga estas recomendações como parte integrante de uma alimentação saudável e concilie com a prática regular de atividade física.
Cuidar do seu coração está ao seu alcance!
Por: Sofia Oliveira Pinto, nutricionista clínica de estética e Medicina Integrativa da Liga – CEMIL
Sofia Oliveira Pinto
Sofia Oliveira Pinto (C.P.3370N) | Clínica de Estética e Medicina Integrativa da Liga – CEMIL Clínica Parceira Nutrição Fitness Hut Grupo ViVaGym
Sofia Oliveira Pinto (C.P.3370N) | Clínica de Estética e Medicina Integrativa da Liga – CEMIL Clínica Parceira Nutrição Fitness Hut Grupo ViVaGym
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