O vinho é uma bebida consumida há imensos anos e muitos são os estudos que demonstram os benefícios do seu consumo moderado – cerca de um copo por dia (125ml). O vinho é uma bebida alcoólica produzida através da fermentação do sumo de uva, também conhecido por mosto. A ação dos microrganismos no processo é responsável pela transformação dos açúcares da fruta em álcool etílico.
Existem seis tipos de vinho: vinho de “colheita tardia” (onde se inclui o Vinho do Porto), vinho espumante, vinho branco, vinho rosé e vinho tinto. Os responsáveis pelas grandes diferenças entre eles e pelas qualidades individuais (pela cor, corpo e adstringência) de cada tipo de vinho são os compostos fenólicos. Estes dividem-se em compostos flavonoides e em não flavonoides.
Dos compostos flavonoides fazem parte as substâncias responsáveis pela função antioxidante dos vinhos, ao passo que, dos não flavonoides fazem parte as substâncias responsáveis pela redução da pressão arterial no nosso organismo que, por sua vez, reduz o risco de aparecimento de doenças cardiovasculares.
No geral, além da elevada capacidade antioxidante e dos seus efeitos na saúde cardiovascular, o consumo moderado de vinho contém ainda outros benefícios para a saúde:
Propriedades anti-inflamatórias
O resveratrol – composto encontrado nas uvas – possui propriedades anti-inflamatórias que reduzem a inflamação crónica do nosso organismo contribuindo para a prevenção do aparecimento de diversas doenças cardíacas e autoimunes. No entanto, esta redução da inflamação não depende inteiramente do consumo moderado de vinho. Deve também estar associado a uma dieta equilibrada e saudável, à redução do stress emocional e à prática de atividade física.
Saúde mental
Estudos indicam que um copo de vinho (125ml), ocasionalmente, pode reduzir o nível de depressão.
Promoção da longevidade
Graças ao elevado teor de antioxidantes, estudos demonstram que beber quantidades moderadas de vinho, como parte de uma dieta saudável, pode aumentar a longevidade.
Promoção da saúde intestinal
Estudos sugerem que o vinho tinto pode promover o desenvolvimento de bactérias intestinais saudáveis, o que pode melhorar os marcadores da síndrome metabólica em pessoas com obesidade.
No que diz respeito ao Vinho do Porto, este é um vinho mais fortificado e mais doce que os vinhos comuns. No entanto, o seu valor de álcool pode ser superior a 20% (sendo que em vinhos comuns este valor não ultrapassa os 10 a 15%). Cada grama de álcool contém 7kcal e, por essa razão, o Vinho do Porto é a variedade com maior valor energético – 248 kcal (por 1 copo de 150ml) e teor de açúcares. Um copo de vinho tinto contém aproximadamente 98 kcal. Ainda assim, este valor acaba por ser difícil de medir e de controlar, uma vez que as garrafas de vinho não contêm rótulo nutricional e a única alternativa passa assim pela conversão das gramas de álcool para calorias.
É importante referir, no entanto, que o consumo de bebidas alcoólicas em grandes quantidades está associado a diversos malefícios para a saúde, incluindo um risco aumentado de certos tipos de cancro, diabetes, doenças cardíacas, doenças hepáticas e pancreáticas, além de problemas de fertilidade, dores de cabeça, enxaquecas e distúrbios do sono. Uma ingestão moderada refere-se a 1 a 2 copos (250ml) de vinho para homens e 1 copo (250ml) para mulheres por dia.
Catarina Sofia Correia
Nutricionista Catarina Sofia Correia (4182N) | Clínica Tejo Saúde Parceira Nutrição Fitness Hut Grupo ViVaGym
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