A dieta vegetariana baseia-se na abstenção da ingestão de qualquer alimento de origem animal por motivos religiosos ou pessoais, bem como por questões éticas, como a defesa dos direitos dos animais. Há quem adote uma dieta vegetariana por questões ambientais, pois a produção animal aumenta as emissões de gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas e que requer grandes quantidades de água, energia e recursos naturais.
O vegetarianismo carateriza-se de várias formas, cada uma das quais difere nas suas restrições:
- Dieta lacto-ovo-vegetariana: elimina carne, peixe e aves, mas permite ovos e lacticínios.
- Dieta lacto-vegetariana: elimina carne, peixe, lacticínios, mas permite produtos lácteos.
- Dieta ovo-vegetariana: elimina carne, peixe, aves e lacticínios, mas permite ovos.
Já a Dieta Flexitariana (ou dieta semivegetariana) permite obter os benefícios de uma alimentação vegetariana, enquanto consome, de forma moderada, produtos de origem animal. É por esta razão que o seu nome resulta da combinação das palavras “flexível” e “vegetariana”.
Ainda assim, quem pratica esta dieta não se pode considerar vegetariano ou vegan. O principal objetivo é consumir mais alimentos de origem vegetal, de origem natural, promovendo hábitos alimentares mais saudáveis e equilibrados, respeitando o ambiente e os animais.
Quer iniciar uma dieta vegetariana? Então comece por colocar em prática estes princípios:
- Dê prioridade ao consumo de frutas, verduras, legumes e cereais integrais;
- Lembre-se das proteínas de origem vegetal, adicione ao seu prato leguminosas, frutas oleaginosas (amêndoa, noz, amendoim, caju, entre outros), sementes e “pseudocereais”, como a quinoa, amaranto e trigo sarraceno.
- Seja flexível e incorpore produtos de origem animal ocasionalmente ou consuma apenas durante as festividades ou em épocas especiais, aproveitando essa refeição com a família.
- Coma de forma menos processada, opte por produtos mais naturais.
- Limite o consumo de açúcar ou de alimentos com adição de açúcar ou edulcorantes alimentares.
Se respeitar estes princípios terá benefícios, não só a nível cardiovascular, como na sua saúde intestinal e no controlo ou perda de peso corporal. Isto deve-se ao facto do consumo de alimentos processados com adição de sal e/ou de açúcar ser drasticamente reduzido com a prática deste tipo de alimentação e, por outro lado, haver um maior consumo de alimentos naturais, ricos em fibras e gorduras saudáveis.
No que diz respeito ao ambiente, a redução do consumo de carne contribui para a preservação dos recursos naturais, uma vez que o cultivo de alimentos de origem vegetal requer muitos menos recursos do que a criação de animais para consumo (cerca de 11 vezes menos energia) e para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa em cerca de 7%. Relativamente às deficiências nutricionais, lembre-se que uma dieta flexitariana, tal como o nome indica, oferece flexibilidade para consumir produtos de origem animal ocasionalmente, pelo que, se for bem planeada e equilibrada, fornece todos os nutrientes essenciais ao nosso corpo.
Fica aqui uma ideia de um dia a pôr em prática uma dieta flexitariana:
- Pequeno-almoço: panquecas vegan de banana e aveia
- Lanche da manhã: uma peça de fruta
- Almoço: salada fria com camarão, feijão preto, ervilhas e abacate
- Lanche da tarde: pudim de chia com granola
- Lanche da tarde: uma peça de fruta
- Jantar: bolonhesa de lentilhas com espiralizado de cenoura
Catarina Sofia Correia
Nutricionista Catarina Sofia Correia (4182N) | Clínica Tejo Saúde Parceira Nutrição Fitness Hut Grupo ViVaGym
Nutricionista Catarina Sofia Correia (4182N) | Clínica Tejo Saúde Parceira Nutrição Fitness Hut Grupo ViVaGym
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