Todos os pais vivem verdadeiros pesadelos quando vão com as crianças ao supermercado. Elas pedem uma infinidade de coisas: desde bolachas com chocolate, refrigerantes carregados de açúcar, corantes e conservantes, batatas fritas, chocolates e muitas outros produtos alimentares menos benéficos.
Sendo assim, como posso tonar estes momentos mais harmoniosos? Será que não deveria levar o meu filho para as compras no supermercado?
Conselhos básicos para que possa incluir o seu filho no momento das compras no supermercado:
Saber interpretar bem os rótulos dos alimentos
Experimente começar a ler rótulos em conjunto com o seu filho. Por exemplo, ao analisar a tabela nutricional, procure a informação que diz “dos quais açúcares”, que geralmente nos indica a quantidade de açúcar presente nos alimentos. Há latas de refrigerantes que têm cerca de 35g, que correspondem a aproximadamente seis pacotes de açúcar. Ao mostrar-lhe essa quantidade de açúcar, certamente que o seu filho ficará mais sensibilizado e irá repensar as suas escolhas.
Alimentos menos bons também podem entrar na alimentação
Até os alimentos “menos bons” podem ser negociados e entrar de quando em vez na nossa alimentação. Por exemplo, se o seu filho lhe está a pedir uns cereais de chocolate para o pequeno-almoço, que já não leva há muito tempo, porque não levar para casa? Desde que explique que esses deverão ser alternados com o pão, as tostas, os cereais integrais, não há problema em incluir com alguma regularidade na sua alimentação.
Além disso, se o seu filho leva o lanche para a escola diariamente, poderá combinar com ele uma periodicidade semanal ou quinzenal para que possa levar um alimento diferente: por exemplo, umas bolachas de arroz com cobertura de chocolate ou um sumo (preferencialmente 100%). E como isto é planeado, quando saem de casa já sabem quais são esses alimentos que querem levar para o tal “lanche especial”.
Assim, o seu filho já estará focado em procurar os alimentos que combinaram em casa e terá menos probabilidade de procurar outros mais desadequados do ponto de vista nutricional e não irá inundar os pais de pedidos para mais e mais alimentos doces.
Encontrar um equilíbrio
É importante explicar às crianças que elas não poderão levar para casa tudo o que querem, mesmo que não necessitem, porque os pais apenas levam aquilo que é necessário. Isto supostamente é o que acontece quando as crianças pedem brinquedos e roupa. Não levam da loja tudo o que lhes apetece, certo? Por isso, com a alimentação acontece exatamente o mesmo. Poderá ter esta conversa com o seu filho mesmo antes de sair de casa. Acredite que quando explicamos tudo com alguma fundamentação as crianças acabam por entender.
Evitar passar pelos produtos menos benéficos
Aproveite o momento em que está no supermercado para “desviar” as atenções dos alimentos menos bons. Evite passar nestes corredores e convide até o seu filho a ajudar na escolha dos legumes e das frutas, pensando nas receitas que vão poder elaborar em família, com a participação das crianças. Certamente que assim ficarão mais motivados para a importância do consumo destes alimentos.
Nunca ir ao supermercado com o estômago vazio
Por último, uma regra que se aplica até aos adultos: nunca ir de “estômago vazio” para o supermercado. Pois é, quando a fome aperta, o nosso cérebro rapidamente nos leva ao encontro das prateleiras onde se encontram os alimentos mais calóricos, mais ricos em açúcares, gorduras saturadas e sal. Por isso, experimente deixar o momento das compras para o final da uma refeição principal e verá que as tentações vão passar ao lado… de toda a família!
Artigo escrito por Dra. Juliana Guimarães, nutricionista na clínica ADCA e no blog Onde é que tínhamos a cabeça?.
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