Iniciar um plano alimentar é uma ação que deve ser, primeiramente, da nossa vontade. Porém, o estômago, os sentidos e a mente podem demorar a entender-se. Para a alimentação mudar, é necessário que nós queiramos, também, mudar. E o primeiro passo é identificar exatamente em que ponto da mudança é que estamos.
Para isso, o Fitness Hut sugere um exercício.
Quando pensa na sua próxima refeição, o que é que sente? O que é que vem à sua mente?
- Talvez veja conforto ou, pelo contrário, privação.
- É possível que sinta uma intenção dentro de si: eu quero corresponder ao meu plano alimentar.
- Pode já estar em mudança e, por isso, pense: vai ser uma refeição normal, como planeei.
- Pode, ainda, sentir alguma preocupação com os resultados que conseguiu até ao momento e querer manter-se focado no plano alimentar.
Vamos tentar perceber as fases da mudança.
- Na fase 1: está a “namorar” a mudança. Perder peso e ser mais saudável são ideias apelativas, mas os ganhos ainda não são maiores que as perdas. Na sua mente, ainda não é claro se avança ou não, apesar de já ter um plano em mãos.
- Na fase 2: está a preparar-se para a mudança. É uma intenção e já está na fase da logística, da aprendizagem de novas receitas saudáveis e de organizar as rotinas, por exemplo.
- Na fase 3: está a mudar. Há várias coisas diferentes nos seus padrões. Consegue seguir o seu plano nutricional. Pode ter ou não resultados evidentes, mas as suas ações são consistentes.
- Na fase 4: quer manter a mudança. Esta nova forma de comer é agora um padrão e está focado em lidar com novas situações, com alterações de motivação. Já começa a sentir que esta é a forma como quer viver.
Antes dessas quatro fases, houve uma em que nem sequer sabia que precisava de mudar. Por isso, parabéns pelo primeiro passo, que é o da consciência. Para poder mudar e ter sucesso, existem alguns fatores importantes, que indicam o que devemos fazer em cada passo e como nos podemos manter focados e sem falhar.
- Na fase 1 está a namorar a mudança: pense em tudo aquilo que pretende ganhar com este processo de mudança alimentar. Avalie os prós e os contras e concentre-se nos ganhos. Deve estar atento aos contras, porque serão o seu “calcanhar de Aquiles”.
- Na fase 2 está a começar a preparar a mudança: agende os preparativos. O adiamento e as dificuldades que antecipa (por exemplo, não saber cozinhar) são verdadeiros inimigos. Parta as ações em ações menores, mais fáceis de gerir: siga um blog de receitas saudáveis, por exemplo, e comece a organizar a sua lista de compras a partir de uma ementa semanal, saudável e consciente. Fale com uma pessoa da sua confiança e que o possa ajudar quando sentir vontade de desistir. Este apoio é uma rede de segurança.
- Na fase 3 está efetivamente a mudar: seja consciente em todas refeições: eu consegui mais esta. Pense também no que lhe traz foco. Mantenha as “tentações” debaixo de olho. Quando sentir alterações emocionais, como stress, mudanças de rotina ou excesso de confiança, pode dar por si a quebrar a rotina.
- Na fase 4 pretende manter a mudança: depois de adquirir uma nova forma de comer, o foco nos ganhos, a atenção ao “calcanhar de Aquiles” e a consciência das suas ações têm de manter-se. Isso chama-se intencionalidade. E para vivermos a vida que queremos viver temos de ser intencionais!
Uma nota final: se fez o seu plano sozinho pode precisar do apoio de um nutricionista. Por exemplo, se está a privar-se de alimentos que gosta muito de comer e não sabe quais pode usar em substituição. Isso é uma rasteira. Eu recomendaria o acompanhamento de um especialista.
Cassiana Tavares
Psicóloga e Investigadora em trabalho e saúde
Psicóloga e Investigadora em trabalho e saúde
previous post
The Love Food prova que é fácil ter uma alimentação vegana equilibrada, saudável e deliciosa
next post