Beber água em demasia poderá mesmo ser prejudicial ao organismo, apesar de muitos considerarem que não passa de um mero mito. A água é um bem fundamental e talvez o mais importante à vitalidade do corpo humano, para manter a saúde e o bom funcionamento do metabolismo, ainda que seja muitas vezes esquecido o seu consumo. Que o nosso corpo é composto na maioria por água já sabemos, mas importa conhecer os possíveis problemas que o excesso de água pode provocar no organismo.
A Universidade de Monash na Austrália elaborou um estudo que consistia em registar, através de ressonância magnética, a atividade cerebral e do esforço físico em dois momentos: uma pessoa com sede, logo após a prática de exercício físico, e sem sede, depois de ingerir grandes quantidades de água. O que esta investigação concluiu foi, precisamente, que o cérebro tem a capacidade de ativar mecanismos de defesa aquando a ingestão de demasiada quantidade do mesmo líquido.
O que acontece em muitos dos casos é o cérebro mandar encerrar parcialmente a garganta, o que provoca uma sensação de maior dificuldade a engolir quando estamos a beber demasiado e muito seguido. O excesso de hidratação, mais de três ou quatro litros por dia, provoca um distúrbio hidroeletrolítico no organismo, um aumento da pressão intracraniana e pode ainda causar convulsões.
A Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar recomenda a beber cerca de dois litros de água por dia no caso das mulheres e dois litros e meio no caso dos homens. Apesar de a percentagem de pessoas que bebe menos água do que deveria continuar a ser superior ao número de pessoas que ingere em excesso, devemos ter em atenção que a quantidade deve ser moderada.