Este processo pode explicar o porquê de não estar a evoluir da forma pretendida e ajudar a definir qual o melhor método de treino adequado a cada pessoa.
Ao contrário do que muitos podem pensar, o ciclo de um treino eficaz não termina logo quando acabamos a atividade física, prolonga-se até uma fase de regeneração dos músculos. O objetivo que qualquer pessoa deseja atingir quando treina é melhorar a condição física que, na técnica, é precisamente a supercompensação.
Para perceber como conseguimos atingir a supercompensação, basta imaginar um eixo horizontal que representa o equilíbrio normal do nosso corpo. Esse equilíbrio é chamado de homeostase ou processo de homeostasia. Sempre que estamos a treinar há um desgaste físico e, dependendo da intensidade do treino, essa exaustão faz com que os níveis fiquem inferiores ao nível de equilíbrio.
Após o treino, o corpo entra numa fase de regeneração até atingir de novo a homeostase e a duração dessa fase varia consoante a intensidade do treino. Quanto maior a qualidade da recuperação, conseguida pela boa alimentação e descanso, o nível de supercompensação vai sendo cada vez mais superior à linha do equilíbrio. Se for ativado um novo estímulo (ao iniciar um novo treino) quando estamos no topo da curvatura da supercompensação, conseguimos um crescimento muscular eficaz. Portanto, se não tivermos uma rotina alimentar adequada ou um bom descanso, a supercompensação não terá o efeito desejado.